terça-feira, 20 de setembro de 2011

SCE você tem?

"Mas, é grave doutor?"
"Não minha querida, tem cura!"
"E o que é exatamente?"
"Se chama SCE... Síndrome de Cérebro de Ervilha... É diagnosticada quando a pessoa ja não percebe mais os elementos á sua volta, perde parte da sua visão de 360º graus, vê apenas o que esteve á sua frente a vida toda como algo normal.
É uma deficiência que atinge a visão, pois alem de não enxergar dos lados, o paciente não enxerga muito a frente tambem, o horizonte deixa de existir. E atinge tambem a memoria, pois o paciente acredita que somente o que lhe foi imposto desde a infância é normal; estranha, por exemplo, uma simples presilha cor de rosa no cabelo alheio..."
"Onde eu peguei doutor?"
"é uma doença que não sabemos ao certo se nasceu nas cidades pequenas e foi erradicada em parte das cidades grandes; ou se é um virus mais grave, que nasceu nas cidades grandes, e por uma mutação, não pode ser erradicado das cidades pequenas... Estamos averiguando."


Magritte.




O Ministerio da Saude adverte, ao notarem os sintomas, procure imediatamente a Arte! 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Brilho eterno de uma mente sem lembranças"


Certa vez disseram ao homem para não subestimar a mente de uma mulher... Não porque ela poderia ser muito perversa (e ela o é), e tambem não por saber muito bem ser amavel (e ela o sabe), nem mesmo por fazer com que o homem tenha sensações inimaginaveis (sexualmente falando tambem)!

Mas, talvez porque ela sabe, que quando começar a desligar o telefone na cara dela, é porque nem você percebeu, mas começa a trata-la como propriedade, e não mais como paixão; e sentir-se objeto, mesmo que de amor, sentir-se dele, e só dele, não é muito... Saudavel, para alguem que deseja apenas, gostar...


 -Amor? Por favor, não desliga mais o telefone na minha cara! Não deixa de me mandar flores comparando-as comigo... Meu bem?! Não comece a me tratar como se eu fosse um troféu ja conquistado, porque troféus conquistados ficam cobertos de poeira na estante, e na lembrança.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sobrevivendo nesse mundo cão.

Caros amigos, leitores, desocupados ou paranóicos de plantão. Esta serie é um simples manual de dicas infaliveis para, ao menos, sobreviver ao mundo e garantir a integridade de (pelo menos) seu carater!
Então, aproveite enquanto ainda não cobro a consulta!


Sobrevivendo nesse mundo cão.
 Lição 1: O ministerio da saude adverte, querer ter um 
relacionamento saudavel e ao mesmo tempo estudar os comportamentos humanos é anti-nutritivo e pode causar alto grau de ciumes, e até levar á paranóia crônica.




 Lição 2: Atenção, é altamente perigoso ter qualquer 
contato com uma mulher em sua fase critica do mês. Se você tem uma extremamente irritada 
por perto, não se dirija a ela com o mesmo tratamento que se dirige a um bebê. Evite 
diminutivo.







sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Um certo toque pessoal

Cuidado! A rua la fora grita, como o sol quando chega no asfalto.
As pessoas passam pra la e pra ca, e só se vê os balões de pensamento correndo feito porcos.
Agora presta atenção, segura a embreagem, muda de marcha, olha pros lados, agora solta, devagarzinho...
 
Mais uma vez... A repetição é antecessora da perfeição.
 
Cuidado! A garganta ta seca de calor, e qualquer mal intendido não resolvido pode ser fatal.
Os pensamentos corroem a sanidade, e ficar repassando cenas e frases não ajuda.
Agora presta atenção, segura o ciumes, muda o rumo da conversa, olha com bom senso os fatos, agora respira, devagarzinho...



E repete 589 vezes o percurso, que é pra ver se gravou bem o que fazer no dia da prova.


Poxa vida, qual é o ser humano que ainda se diverte tendo que pensar em tudo isso?
"Ele se virou na cadeira, suas pernas cruzadas pro meu lado em sinal de afastamento, os ombros levemente inclinados pro lado dela, sinais corporais que diziam "não to nem ai pra você, ela é mais interessante no momento..."


O ministerio da saude adverte, querer ter um relacionamento saudavel e ao mesmo tempo estudar os comportamentos humanos é anti-nutritivo e pode causar alto grau de ciumes, e até levar á paranóia crônica.


Façamos um trato, você me beija, me olha, me ouve, e sorri pra mim. Não precisa me entender, nem mesmo dizer nada (pelo menos não em palavras!). E eu faço o mesmo, e ainda prometo esquecer todos os pensamentos freudianos que surgem quando te vejo perto dela. 


Agente esquece toda essa baboseira de pensar, e faz do nosso amor, uma deliciosa farra.
Que tal?






"Amor, palavra que liberta, ja dizia o poeta..."

domingo, 3 de julho de 2011

auto-decepção

"É relativo... As vezes a vida prega encruzilhadas das quais não temos conhecimento o suficiente pra contornar; é preciso passar por elas, senti-las, viver o calor que sai da decepção consigo mesmo, chorar, e correr.


Correr pros braços do oxigênio, e pros olhos da verdade, que vivem sempre, dentro daquela pessoa que mais lhe faz falta um dia todo, dentro daquela pessoa em quem você pensa quando senta na mesa pra tomar o café quente que não chega nem perto do café da sua mãe, e observar a vista (magnifica) da sua janela que não chega nem perto do banco velho enferrujado da praça da cidade de infância.

É tudo muito relativo, só se salva o amor. E ainda assim salva-se o amor sentimento, porque as declarações, chocam-se com os atos, e as vezes, chocam-se com intrusos que tornam a cena muito mais dramatica do que realmente é.

E ca entre nós, a relatividade me atrai. Chega a ser absurda a repugnância que tudo o que é certo me causa. Enfim, vá durmir e sonhar com a sua felicidade quando vocês se abraçarem de novo, porque assim, e só assim, ela vem.


Até a felicidade é relativa... Clandestina."


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

"Cheguei sem par,
Acordei na cama.
Te vi só lá,
Preparei um café de manha.
No blablablá,
Pedi pra ficar mais um pouco,
A incerteza me tragou tonto
Não pude nem deixar troco.
Despi o olhar,
Liguei a TV,
E no desinteressar
Entrosei nossos dedos do pé,
Te vesti de mim.
A certeza me soprou torto
E o silêncio me sorriu.
Conversei um "a",
Te levei pra casa,
Pedi pra ligar
Sem vontade de atender.
A noite outro sair.
a incerteza me voltou indo,
E o silêncio a horas de estar..."

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Mas não me deixe perceber que você não se importa!

Ja não tenho mais medo do escuro, a não ser que passe a noite sozinha. Medo da morte nunca tive, porque ela é só um estado de espirito. Medo das coisas da vida tenho a todo momento e acho que sempre terei. Medo de errar é algo que da lugar pros acidos estomacais responsaveis pela digestão dos erros. Medo de ser feliz? Que babaquice é essa?? Medo do proprio medo, só aparece quando vejo um filme de terror bem feio.



No mais, não tenho medo algum. Não tenho medo de aranha, nem de cobra, nem qualquer coisa que assuste menos do que perder alguem que se ama.


Na verdade, poucas coisas importam realmente, mas as que importam, importam muito mais.


É só uma questão de sobrevivencia. Posso conviver com tudo, e sobreviver com todos, mas viver, é uma outra palavrinha que tem o buraco mais embaixo. Vivo sim, procurando as mais diversas formas e cores, procurando graça onde não tem. Uma unica coisa me deixa realmente triste um dia inteiro, a indiferença. Não me deixe perceber que você não se importa.


No mais, "o resto é silêncio".